A formação de hábitos com as inconstâncias da maternidade
- Cristiane Ribeiro
- 15 de ago.
- 2 min de leitura
Nesta semana, falei sobre a inconstância de manter certos hábitos quando se é mãe — especialmente mãe de filhos pequenos.
Há mais de sete anos eu não praticava exercício físico regularmente. No máximo, um aeróbico aqui e ali, ou uma aula de yoga, numa época em que apenas um bebê dividia minha atenção com a minha própria saúde.
Recomeçar a olhar para mim mesma, agora aos quase 39 anos (do primeiro ou do segundo tempo?), tornou-se primordial.
Sempre que converso com outras mães sobre o cuidado pessoal — seja ir ao médico, manter uma rotina de exercícios, fazer as unhas, cortar o cabelo, depilar — chegamos a um ponto em comum: quem vai ficar com o filho pequeno? Esse “quem” pode ser a escola, o marido, a avó, uma babá, uma tia… alguém que ajude. Uma rede de apoio.
Agora, imagine tentar manter um hábito que não pode incluir seus filhos pequenos. Se você não tem (ou tem pouco) apoio externo, suas opções parecem se resumir a:
Persistir, mesmo com as adversidades;
Desistir, porque cansa recomeçar depois de cada pausa;
Ou nem começar, afinal, se a prioridade não é você, para que iniciar algo que será difícil de manter?
No meu caso, se chego à academia às 6h da manhã, tenho uma hora para exercícios, sem atrapalhar a rotina do meu marido. Às 7 e pouco, as crianças ainda dormem. Então, consigo colocar o café para passar, preparar meus ovos e sentar com a Bíblia e meu livro de Santo Afonso.
Mas basta uma madrugada difícil para que o primeiro ato do dia seja desligar o despertador das 5h15 (quem aguenta acordar no inverno antes das 5 da manhã?). E aí vem o pensamento: por que fui me matricular na academia, se sei que vou ter problemas para manter o hábito?
Perseverar é difícil, não é?
Persistir nos exercícios, na oração, na ordem da casa, na leitura, nos estudos, na atenção ao marido, no autocontrole com as crianças, na alimentação saudável… A lista é longa. Esta é a minha autobiografia, mas tenho certeza de que você também teria as suas dificuldades para acrescentar.
E então, vamos desistir?
Desistir de rezar?
De arrumar a casa?
De educar os filhos?
De cuidar do casamento?
De cuidar de nós mesmas?
Não, amadas. Seguimos juntas, cuidando, mesmo que seja de pouquinho em pouquinho, de um pouco de nós.
Apesar das adversidades.
Apesar dos imprevistos que toda mãe — seja de um, dois, três ou quatro filhos — enfrenta diariamente.
Sigamos formando bons hábitos. Somos exemplo e teremos histórias para contar ❤️




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